quinta-feira, 2 de abril de 2009

Barfly

Barfly em inglês quer dizer mosca de bar. Linguagem e gíria de bêbados q se perdem em torno de uma mesa de bar em busca de qualquer coisa. Uma dose violenta de qualquer coisa, assim diz Ginsbergh em o O Uivo.
Odeio b~ebados por que não me suporto.

Foda-se!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A porra do filho da puta me desperta!

a porra do filho da puta me desperta. Temos compras pra fazer. Um monte de piranha pra sorrir.
Já tive namorada q queria esse tipo de merda, o q sempre achei legal.
Um tapa na cara é bom. O tapa na cara do otário me soa diferente.
Caguei pros seus sentimentos.
Um muito obrigado- boa -noite.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Coquetelaria na prática.

Pensei q iria ficar um tempo afastado...praticamente não postei nada de novo. A própria vida "na noite" explica isso. Mas não pode ser desculpa, eu sei.
Dizem q somos acomodados, os barmen. Acredito! Mas acontece tambem q estamos sempre atarefados demais, ou descansando pra chegar no trabalho logo mais. Se existe vida inteligente atrás do balcão ela se esvai vai pelos ralos...rsrsrs - tentem entender. Não q talves isso se torne uma súplica( afinal, foda-se quem está ali atendendo vc, não é mesmo?): na verdade os barmen dormem sempre q podem. Artigo raro esse, o sono. Pensando bem: foda-se quem está com pressa!

Bom. Estou tentando ser o mais minimalista dentro do bar. Estou tentando largar aos poucos os xaropes e voltar à essência das frutas. Macerar morango com tomilho, acrescentar rum e mais algum agente de sabor e extrair algo. Nada mais importante do q ter um bom chef de cozinha( fácil: a maioria adora bar!) ao seu lado e começar experimentar. Dentro disso aí, descobri q a manga casa bem com o curry, que por sua vez se harmoniza com o gim ( toque meu ). Um Martini que leva Gim (london dry, por favor!), manga e curry e pitadas de páprica no final. Isso é muito bom. Pode até levar um pouco de vanilla monim: perfeito!
Tudo isso é fruto de paciência e tentativa. Ter a liberdade de experimentar os ingredientes. Importantíssimo.
A linha Monim é maravilhosa. Outros xaropes menos doces são fantásticos tb. Mas a coquetelaria não pode ficar encerrada nisso. Há de se ter noção sempre das bebidas previamente manipuladas. Se não nada disso faz sentido. Barman q se preocupa só com lado estético da profissão( lê-se: flair e espetáculo, q eu adoro ), chora qd vê que não sabe nada além do rum com a coca cola. Um barman desse naipe chora qd tem q executar os drinks de verdade. Sinto, garotada, mas a coquetelaria clássica não pode ser suolantada assim de uma hora pra outra.

bjs e abçs!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Essa é de graça!....muito obrigado, senhor!

Acabei por arrumar outro trabalho. Estou em meu estado natural( talvez pseudo natural ): dentro de um bar outra vez! É bom! Na verdade é muito bom trabalhar com algo que atraía a atenção das pessoas. Claro q não existe como agradar a todo mundo. Mas isso pouco importa. Bêbado q é bêbado mesmo acaba virando camarada.
Acho q o problema maior são os chatos. Todo chato é gente boa...é lógico. O chato precisa de atenção e ele precisa ser no mínimo gentil, mesmo q o aluguel não tenha nada de gentileza. O problema é o pó, eu acho. Com essa coisa de beber de forma desmedida não há quem aguente. Cheirando todo mundo é Chinasky: com palavras ridículas, gestos e catantadas sem nenhuma elegância... Putz! Nem eu me aguento- só com rivotril 2 mg...
Bom, chega de divagações.
Quem me conhece sabe q sou viciado em shot. Tenho coisa boa pra quem curte as vodkas de sabores; Absolut, principalmente.
Mas tenho q ser sincero. Quem finalizou essa receita foi uma cara q trabalha há muito tempo na Pernord-Ricard e q viveu um tempo na polônia...
Pra quem não conhece, apresento o Wibonow.
Sempre fiz esse shot utilizando somente xarope cranberry( monim ) e vodka "mixada" rapidamente no gelo...o toque polonês fica por conta do tabasco. É impossível descrever esse drink sem tomá-lo. Segue receita então e chega de falação!!!


WIBONOW
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ingredientes ( receita para dois shots): Vodka, cranberry monim( não vale o suco) e tabasco.

Modo de fazer:Pra suavizar um pouco a Vodka eu coloco cinco pedras de gelo cubo no mix glass e acrescento a vodka. Claro q para os profissionais a vodka deve estar previamente gelada. Mas insisto em usar o copo Mix para o caso das garotas, principalmente se vc estiver trabalhando e brindando com elas. Ok. 2 oz de vodka. Coe pra para dois copos de vodka, de preferência gelados tb.
Depois de feito esse processo derrame lentamente o cranberry pela borda do copo ( eu faço uma quinta parte de cranberry para cada shot ). Pronto. Agora vem a finalização e o toque "gringo": duas gotas de pimenta Tabasco em cada shot. É muito legal ver q os 3 elementos não se misturam. As gotas de tabasco ficam boiando entre o xarope e a vodka.
Deve ser tomado de uma vez só.
A combinação do cranberry com o Tabasco é uma coisa única. Lembrando q quanto melhor a Vodka melhor é o resultado....essa é de graça!

É isso!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

No começo pensei que tinha me dado bem. Afinal de contas, adoro beber, e trabalhar em um bar parecia algo promissor pra um jovem totalmente deslocado e sem perspectivas de futuro. Tudo planejado pelo capeta. Eu tinha um colega que era uma figura, literalmente. Francisco parecia um desses garotos mimados que passou boa parte da sua jovem vida enfiado em livros de economia e nas horas vagas lia Nietzche e o mein kampf, a famosa autobiografia de Hitler.
Pois bem. Francisco, esse nerd de quase dois metros de altura, daqueles que não sabem onde colocar as mãos quando está em repouso, começou a propagar mensagens neo fascistas pela internet dentro da faculdade federal onde estudava. Putz! Que burrice! Não demorou muito a coisa começou a ficar séria. Até que a polícia federal começou a rastrear o cara. Lembro que foi nessa época quando o conheci. Ele chegou a me contar essa história de que a federal estava atrás dele, mas que tambem isso tudo era mentira, coisa de um grupo da faculdade que queria fuder com ele. Enfim, alguns meses se passaram e eu cheguei até pedir o livro do hitler emprestado quando o vi em uma prateleira na sua casa ( a verdade é q nunca consegui ler esse livro ).
De repente o pai do cara morre. Lembro vagamente que era uma cifra de uns R$200,000,00 ( duzentos mil ) que ele tinha que receber de herança. Depois de ter recebido essa grana o Francisco sumiu. Fiquei alguns meses sem vê-lo. Alguns conhecidos diziam que o cara estava metido no lance de emprestar dinheiro a prazo. A famosa agiotagem. Um nerd agiota. Putz! Que burrice, de novo!!
Em seguida, quando encontrei o Francisco novamente ele já estava praticamente na lona. Me disse que era verdade o lance de emprestar dinheiro a prazo e me disse tambem que a maioria das pessoas não retornavam nem a ligação. Ele chegou a contratar um capanga que andava com ele pra cima e pra baixo, mas acho que isso tambem não deu em nada. Isso era muito engraçado: Francisco e seu capanga pra cima e pra baixo o dia todo. Uma viadagem da porra! Foi então que um dia, depois de várias garrafa de vinho, ele me fez essa proposta "maravilhosa" -Vamos abrir um bar! Achei aquilo engraçado. Só sabia beber e bebia em escala industrial qualquer coisa etílica que aparecesse na minha frente. Na época ainda morava em Minas Gerais. Se não me engano Francisco tinha uns 12 mil reais. Tinha ido a um lugar chamado Ibitipoca, e conhecido um tal de Bareta. O Bareta tinha oferecido à ele uma mina de ouro. O cara não falava de outra coisa. Na época juntei os meus trapos, a namorada hippie e parti pra tal de Ibitipoca.
No começo foi uma loucura. Ninguem ali entendia porra nenhuma de como se administrar um bar, mesmo que pequeno.
Tapas e socos depois a minha namorada descobriu que a gente estava vendendo pra caramba só que na verdade sempre estávamos devendo ao Francisco. Isso aconteceu uns seis meses depois que já estávamos lá ( é...sou devagar quase parando ). Não tínhamos nem chuveiro elétrico na porra da casinha onde ele mesmo ficava nos finais de semana quando subia a serra para recolher a grana. Então a coisa ficou esquisita pra ele. Lembro que tínhamos um estoque maravilhoso de bebidas: whisky 8 e 12 anos, licores cremosos africanos e irlandeses, vodka, rum e várias, várias caixas de cerveja. Ótimo. Aguardei ansiosamente o nosso próximo encontro e a mesma putaria acontecendo. Esperei então o meu querido amigo nazi partir para o seu bunker e comecei minhas diabruras com o nosso pequeno bar. Coloquei até as minhocas da terra para beberem Jonnhy Walker red ou black, de acordo com o gosto do cliente. Bebemos aquele bar nuns dois ou três dias. Depois da ressaca ainda tínhamos várias caixas de cerveja. Separei um pouco para o consumo pessoal e ainda consegui vender o restante. Quando cheguei no bar descobri que tudo estava arrumadinho demais e resolvemos jogar uns ovos na parade para dar um toque especial.
Meu querido poema bar. Que nome horrível para se colocar num bar, mas como eu gostava dele! Lembro que tinha uns poemas do Rimbaud rabiscados de qualquer maneira numa folha de papel que depois colávamos pelas paredes do bar. Era engraçado e ingênuo. Dificilmente terei um barzinho como aquele. Depois desse tambem não tive mais nenhum bar. Sempre trabalhando pra outras pessoas. Algumas até com um caráter muito pior do que tinha o meu amigo Francisco.
Isso ocorreu há 12 anos atrás.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Barfly...confissões

Costumava pensar q o trabalho em bar me levaria às raias do conhecimento e coisas interessantes ( lê-se: música, gente legal, informação por osmose). Ledo engano. A quantidade de malas,
q geralmente são pessoas bastante simpáticas superam, e muito, o numero de pessoas legais q porventura vc possa conhecer na noite.
Quanto a vantagem de se trabalhar à noite, em se trocar a noite pelo dia, ocorre um outro engano, geralmente um profissional da "barra" vai se alavancar pra casa às cinco da manhã. Num primeiro momento isso não é nada romântico.
Agora o q eu tenho pra dizer é q estou formulando esse blog ainda e q tenho alguns toques e histórias pra passar pra galera( quem não se lembra do cheiro do ralo, estrelado por selton mello, em q ele dizia q todo objeto tem uma história...).
Minha idéia é causar dúvidas. Muito mais q esclarecimentos.
Quero falar sobre o universo q cerca o profissional de bar com todas as suas roubadas.
Sem ser necessariamente um simples objeto de fazer drinks.
Até breve!